Quanta é a verdade que um espírito suporta?
Quanta é a verdade a que ele espírito se aventura? Esse poderia ser ou deveria ser para todos, o verdadeiro critério dos valores. Não é necessário refutar ideais, apenas se resguardar deles, Aspiramos ao proibido ( nitimur in vetitum) a verdade até agora sempre foi proibida. Seja ela a dos religiosos híbridos com vontade de poder, seja ela a dos milhares de autores que dizem tela encontrado sob o véu das sombras que permeiam o mundo da vida. Eu entendo tudo de sombras, As palavras mais buscadas nas luzes do objetivismo, são as que trazem as maiores tempestades. E os pensamentos coletivos que vem a par e passo da cultura empírica, dirigem o planeta água. Não falo de religiões, não falo de fé, mas de uma ditosa e infinita energia que cai lenta e constante, como o ritmo desse discurso que chega sedutor, para remoer tua solidão, mas que não te dispõe a absolutamente nada. O homem que busca a verdade, deve saber se afastar de seu mestre, caminhar sozinho, ter dele vergonha, talvez ele tenha te enganado. Quem te disse que todos os autores que tu buscou te falaram a verdade? Então, tu devolves muito mal a um mestre quando permanece infinitamente, circularmente, como seu discípulo, encontra e segue tua verdade, toda ela a que teu espírito suportar. Vai nessa ideia a criação destas páginas. Me permito sepultar o passado, o que nele era vida, está salvo em minha alma e é infinitamente imortal. O que era erro e que julgo como covardia, pois essa é falta de sabedoria, fica enterrado sob o manto do esquecimento, preso entre as pedras dos valores, como as sombras de que sim, eu entendo, porque são tão irracionais quanto a transmutação do pensamento subjetivo que alguns julgam como afirmação. Buscar a verdade, infere tempo, angustias e incertezas, duvidas e sofismas, mas por outro lado, também infere descartes, caminhos deixados de lado, convicções poucas, axiomas menos que estas. mas não te aflijas, não seja ansioso, leva tempo, muito tempo. E ainda assim, estás sujeito a não suportar.
